quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Post do Leitor: A ignorância é uma dádiva




Colegas Leitores,

Lendo os episódios desta novela amorosa da nossa Amada Cumbuca e de suas fiéis seguidoras – na qual obviamente me encaixo – sendo todas histórias dignas de produção da Televisa estrelada por Thalia, e levando em conta minhas experiências enquanto cumbuca, recheio e panela, não posso deixar de esquecer o sábio ensinamento daquele amigo que disse: sou feliz na minha ignorância. Não obstante, antes mesmo de conhecer este amigo, um recheio havia dito: só é corno quem é curioso. E antes mesmo do recheio, a minha e a sua vovó já diziam: o que os olhos não vêem, o coração não sente.

A aplicação desta acertada afirmação, como tudo na vida, é como a física: precisa dum referencial. Daí que, analisando a protagonista deste blog e o Ex-Coisa, me questiono: se ela sabia que ele não era sua tampa (“eu já sabia que ele não era minha tampa, afinal, cumbucas não tem tampa”, sic), por qual razão foi questionar se ele tinha um compromisso? Se é certo que a curiosidade criou um monte de coisas boas com o decorrer dos séculos, não menos correto é que a mesma curiosidade é a causa provável de um sem-número de dores de cabeça, especialmente as amorosas e que nascem em nossas cabeças em forma de pares, vulgo: chifre. Se o objetivo da coisa com o Ex era apenas “saboreá-lo” (sic), o status do relacionamento da pessoa pouco importa. Foi uma curiosidade desnecessária.

Não obstante, acompanhando a saga da Leitorita, percebo nela uma curiosidade sem fim: num primeiro momento, as coisas estavam bem, e eis que ela resolve procurar pelo em ovo, porque quando a esmola é demais, a cumbuca desconfia. E quem procura acha. Conseguem ver como só neste parágrafo, os ditos populares estão corretos? Tanto procurou a Leitorita que achou. Achou o Tampa marcando de encontrar uma menina na Terra do Nunca sem querer, mas foi fuçando que achou a velha amiga que era uma antiga paixão do Tampa, e por aí foi achando todo o resto nessa doença que é Orkut. Assim como Cumbuca-Mor, Leitorita era uma cumbuca com um recheio feliz, e mais do que feliz, já que além de recheio, era uma tampa em potencial, tanto que acabou transformando a própria em panela. Se fosse recheio disfarçado de tampa, o namoro não teria acontecido.

Assim é que questiono: era necessário Cumbuca-Mor saber se o Ex-Coisa namorava apenas para saboreá-lo? Resposta: não. Era necessário que Leitorita fuçasse num relacionamento cumbuca-recheio, que caminhava para panela-tampa, dispensando o rapaz, se arrependendo vomitando, ficando louca e espantando o cabra? Resposta: não. Vocês se perguntam: como ela tornar-se-ia panela, se ele tinha um caso mal resolvido? Resposta simples: era com ela que ele estava antes, durante e depois da viagem, e tanto gosta dela que hoje são panela e tampa ao invés de cumbuca e recheio. Nenhum de nós aqui, na situação dele, diria: “Leitorita, é de você que eu gosto, então me espere, porque vou ali resolver um caso e já volto”, o que caracterizaria uma sinceridade desnecessária e colocaria abaixo os alicerces duma relação panela que ali se formava.

Ademais, nossa frase do dia aplica-se não só para relacionamentos cumbuca- recheio de qualquer espécie – diversão ou futura tampa - como entre panela-tampa, logicamente. A assertiva tema destas linhas, como exposto, foi-me narrada por um amigo panela que, ao ser questionado por sua tampa com quantas mulheres já havia furunfado, proferiu aquelas sábias palavras. Aliás, pra quem não concorda e prefere responder, ensino um truque de uma velha amiga: some, divida por três e diga o resultado.

Não bastasse, complemento aqui com o ensinamento do ex-recheio: só é corno quem é curioso. Vai que meu amigo panela responde X, depois de um tempo esquece esse assunto, a namorada pergunta de novo e ele responde X+1, pronto, o chifre instalar-se-ia na cabeça da tampa, que foi por conta e risco buscar informação. Então quer dizer que estava tudo bem, e a curiosidade comprometedora faria o relacionamento vir abaixo, o que graças ao nosso tema não ocorreu, pois foi assim que meu amigo respondeu: “Tampa, eu sou feliz na minha ignorância, e você é feliz na sua”.

Depois de muito refletir sobre o tema, resolvi testar sua aplicação, e tendo obtido resultados positivos, credito à nossa amiga a minha transformação. Cerca de um mês depois de conhecer a minha tampa, quando ainda éramos apenas cumbuca e recheio, ele me mostrava um sms, e eu sem querer encostei no celular dele. Touch screen que é, acabou passando pra mensagem seguinte, que dizia: “Estou com saudades de você” e outros bla-bla-blas que eu preferi não ler. Li sem querer as primeiras palavras e devolvi o celular pra ele. E permaneci na minha ignorância.

O carnaval chegou, viajamos pra lugares diferentes, ficamos sem nos falar durante todo o período e, ao retornar, esta dádiva veio novamente permear a coisa entre cumbuca e recheio. Eis que pensei em desatar a falar sobre o quão maravilhosa é a terra de Pernambuco, ao que ele respondeu que não queria saber. E permaneceu em sua ignorância. Dia após dia, cumbuca e recheio felizes, de outra forma não poderia ser: 8 meses de panela e tampa, sem nenhuma briga, no máximo um desentendimento resolvido com diálogo, e, de longe, o relacionamento mais tranqüilo que já tive, e certamente o melhor, pela paz que me proporciona. Qual foi o segredo para descumbucar? A ignorância. E pra manter a tampa: a ignorância novamente. E é assim que somos felizes sem procurar problemas, se e quando aparecerem é que vamos pensar em resolvê-los.

Por fim, lembro a todos os leitores, em especial cumbucas e recheios, que cumbuquei e recheei muito nessa vida, e sei que a curiosidade parece incontrolável, porque todos nós, cumbucas, recheios e panelas, sofremos da doença moderna que é a ansiedade. Além disso, fomos educados ao conhecimento, donde acolher a ignorância parece-nos contraditório e impraticável. No entanto, afirmo: impraticável é viver procurando problemas.

“Pena eu não ser burro; não sofria tanto”. Raul Seixas




By JU!

9 comentários:

  1. Nossa esse post falou tudo..
    concordo plenamente com essa parte "Qual foi o segredo para descumbucar? A ignorância. E pra manter a tampa: a ignorância novamente. E é assim que somos felizes sem procurar problemas, se e quando aparecerem é que vamos pensar em resolvê-los."
    Lembro até hoje um unico conselho que um amigo meu deu.."apenas curta a relação ja que você nao tem nada de concreto com o rapaz"
    Realmente foi o que eu fiz e deu certo..acho que quando se dar muita plateia ao homem ele acaba achando publico pra criar caso..quando nao existe ibope so ele sendo muito idiota pra querer chamar atenção de tal forma.
    Beijoss ju e cumbuquinha :*

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  2. Salve, salve Cumbuca Mor!
    meuDeusdoceu! A Ju arrasou neste post!
    Agora tudo ficou claro! Sabia que ela era chamada de SANTA, mas não sabia o pq! hehe
    Tenho um amigo que diz: "Quem procura o que não perdeu, quando acha, não sabe o que é!" (quase um sábio! hahaha)
    Mas que é difícil controlar esta tal CURIOSIDADE, isso é!

    Beijoquinhas

    PS.: Estou sentindo falta de uma pessoa que sempre comentava por aqui... Gente, kd o Anônimo????

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  3. Pois é, Pry! Deu certo pra você!

    Mas admito que estou um pouco traumatizada! hahaha! Fiquei um mês na ignorância, mas uma hora chega a maldita verdade...

    E gostaria de esclarecer que eu só quis PEGAR o EX COISA depois que ele me contou que tinha namorada.

    Antes disso, ele sabia que eu estava redondamente encantada. Ou seja, a ignorância me fez querer tudo e mais um pouco com alguém que mal conhecia.

    Depois de saber que do mato não sairia coelho, eu admiti pra mim mesma que só queria ter o que me restava: RECHEAR-ME quando possível.

    Mas, enfim. Hoje não tem recheio, coisa, nada.
    Que venha o feriado e que eu tenha BOAS HISTÓRIAS pra contar pra vocês.

    Antes de viajar, colocarei um post legal! Aguardem! hehehe!

    BEIJOS, querida MII! E é verdade, Anônimo sumiu! Vou divulgar que estamos sentindo a falta dele! HAHAHA

    Ju, VOCÊ É UMA AMARELA MUITO DA LINDA! Obrigada pelo textinho MARA! kkkkkkkkkkk

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. nossa, mas eu adorei esse post!!
    penso q cai na seguinte questão,qdo vc tem um relacionamento panela e tampa, se não existir uma palavrinha: CONFIANÇA...não adianta, não vai pa frente.
    hj vos digo que confio sim na minha tampa, mesmo cm tantos perrengues, ele já me falou que QUANDO namora não traí (ele já foi traído e odiou)...o meu problema foi exigir fidelidade qdo ele ainda era coisa >.<
    ele ja me comentou por auto sobre as coisinhas dele, mas eu evito tocar no assunto, por 2 motivos: 1) evitar crises e 2) passado de cumbuca é beem variado (e não me arrependo)por isso é bom q ele se mantenha ignorante qto ao fato.
    beijos cumbucas...tá arrasando isso aqui!

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  6. Adorei este post e concordo plenamente que a ignorância mantém a tampa no lugar! Pra quê procurar problema né, deixa rolar!!
    Mais o melhor foi: "só é corno quem é curioso"!! kkkkk

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  7. Perfeito...

    A razão dominando em meio ás cumbucas setimentais.. rs..

    Eu não acredito em fidelidade.. de ambas as partes..
    Acredito no amor sim, pleno, lindo.. mas sempre tem aquele carnaval... aquele que esbarrei sem querer na rua... que conheci na empresa... uma hora ou outra acontece.. é inevitável...

    Mas, a vida é linda e a ignorância é uma dádiva! rs..

    bjus e bom feriadooooo!!!

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  8. E um brinde à ignorância!
    Uhuu..

    Mas falando sério... é difícil ver essas coisas e fingir. Eu até que sou razoável, mas pra quem é sangue quente acredito que seja beeeeeem difícil!

    Então vamos fazer exercícios, cursos, oficinas, participar e dar palestras... de como praticar a ignorância para manter um relacionamento sadio e feliz.

    Hahaha...

    Beijo Cumbucada =D

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  9. OLá!!! Achei seu blog muuuito sem querer! Adorei, já passei para as amigas! PArabéns pelas ideias!

    Abraços!

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