quarta-feira, 10 de agosto de 2011
Hoje eu tive medo
Uma menina que era apaixonada pelo meu irmão, aliás, receio que ainda seja, gostou dele durante a faculdade inteira, devem ter se formado há uns quatro anos e ainda fala dele vez ou outra comigo, acaba de me dizer que está grávida e de que irá casar. (Bom, minha cara, caso eu esteja enganada sobre seus sentimentos, me perdoe, mas meu achismo foi legal para a criação deste texto).
É, dei parabéns e tudo mais, mas talvez tenha me enxergado na situação dela e tenha sentido um medo de que minha vida fosse levada, da mesma maneira que a dela foi. Acabou desistindo do meu irmão, depois de tantos anos ficando e vendo que não dava certo... Percebeu que eles nunca namorariam, tanto que ele acabou voltando a ficar e namorar com uma antiga paixão...
Enfim, ela cansou de esperar por aquele amor, agora platônico, e resolveu dar uma chance a um carinha novo... Passaram anos juntos. Mas sempre notei que era aquela coisa morna, que se ela ainda pudesse escolher entre ele e meu irmão, o atual não estaria na frente.
A vida foi seguindo o fluxo... Ela deve ter se acomodado. Eis que engravidou e agora vai casar. Ela disse que tinha planos de casar, mas não agora. Já que engravidou, adiantaram os planos.
Que medo... Tenho medo de duas coisas. Uma é de não esquecer um amor. O outro é de que me acomode e aceite o amor morno de alguém. Juro como isso é uma coisa que me angustia mais do que qualquer outra. Sinto um nó na garganta de pensar que minha vida pode ser LEVADA, pode ser um puro comodismo...
Aí, sim. Caso isso venha a acontecer, me tornarei a adulta que eu disse que jamais seria. Não mantive tantas coisas dos pensamentos adolescentes, apenas consegui não me afastar dos amigos por causa da vida agitada (isso me deixa mais que feliz). O resto, nem lembro tanto o que eu pregava... Acho que também não deixei que o trabalho se tornasse a coisa mais importante da minha vida, acima de tudo e todos. Tudo bem que isso está sendo um motivo de desespero momentâneo na minha vida, mas, como toda sagitariana, eu conto com a sorte e com meu talento... Seja lá pro que for, mas tenho certeza de que algo ainda dará certo.
Mas quando penso em uma casa, família, filhos, marido e um casal de rottweilers, eu suo frio. Uns três amores passaram por mim levando tudo, ou deixando tudo. Talvez quatro, um ainda está em estudo. O primeiro, mais inocente, eu era criança... Os outros foram intensos, uns deles, clandestinos, pra não dizer errados. Amor é amor, não pode ser errado.
Paixões e frios na barriga, inúmeros. Mas aqueles em que eu pensei que poderiam ser meus maridos... Esses eu realmente senti. Eu nunca penso em casar, acho que QUANDO penso, deve ser coisa séria, né? É, mas eles não me levaram a sério. Ou levaram, mas foram sensatos. Não sei se em amor cabe sensatez.
Se eu fosse sensata não teria me envolvido com quase ninguém. Ou seja, não teria vivido. Hoje me considero uma mulher (na verdade, acho que ainda sou adolescente, só se vira adulta quando se tem carro... depois, casa) experiente, madura pra certas situações que muitas meninas da minha idade passam e não sabem como lidar... e feliz. Feliz porque PUDE ser feliz, porque sei o que é se sentir importante na vida de alguém, mesmo que por um ano, mesmo que por um mês.
Sei o que é ter e ser alguém de verdade. Como posso aceitar viver algo MEIO legal, QUASE bom, QUASE confortável? Mas eu vejo tantas pessoas tendo vidas de mentirinha, será que sou eu a estranha e a audaciosa de querer ter uma vida leve e feliz? Sei que parece ridículo, mas sabe casal de filme de comédia romântica? Com suas brigas, risadas e até sexo cômico? Pronto, é isso que eu quero.
Queria que esse texto virasse quase que um juramento meu: NÃO PERMITIREI QUE MINHA VIDA SEJA DE MENTIRINHA, UMA FACHADA. Nunca um filho me prenderá a um casamento, como vi um dos amores da minha vida me deixar por este motivo, NUNCA ficarei com alguém por pena, prefiro dizer uma verdade que magoe, mas serei leal e livre.
Queria que todos fossem assim, menos tristeza e hipocrisia fariam bem ao mundo.
Chegaremos lá, mas vou fazendo a minha parte.
Postado por
Sou uma Cumbuca
às
05:21
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Você não é a única que pensa assim, não. Enquanto tem pessoas que tem medo de acabarem sozinhas, eu tenho medo de viver a minha vida toda com alguém que não ame de verdade.Conheço muitas mulheres que depois de anos casadas, se lamentam por terem casado mais ou menos como você cita acima. E que até hoje suspiram e se entristecem por não terem conseguido casar com o grande amor de suas vidas.
ResponderExcluirTambém tenho esse medo e prefiro ficar só do que estar com alguém que não ame só porque a outra pessoa não quer estar comigo.Muitas vezes, como agora, estive sem ninguém durante anos, até porque, só consigo me envolver com outro cara depois que consigo tirar a paixão atual da mente e do coração.Odeio hipocrisia!
Oi Cumbuca Mor! =]
ResponderExcluirVocê não é a única que pensa assim, não. Enquanto tem pessoas que tem medo de acabarem sozinhas, eu tenho medo de viver a minha vida toda com alguém que não ame de verdade [2] concordo totalmente cm o anônimo!
tbm tenho medo desse tipo de coisa acontecer comigo! ainda estou cm a grande paixão da minha vida, mas juro pra vc q se um dia a gte terminar, a não ser q encontre alguém q realmente me faça sentir os "sininhos" de novo, prefiro estar solteira e mto bem, obrigada! se tem uma coisa q não quero é deixar a vida me levar de forma medíocre, estar cm alguém pq a sociedade cobra...se nem filhos eu quero ter, imagina as pedradas q já levo só por dizer isto!
bjos
ex Cumbuca Candanga