segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Sexo no relacionamento. Qual o tamanho da importância?




Bom, preparem-se para um caso polêmico. Creio que a maioria desejará atirar pedras em mim, mas ainda bem que estou falando através de um site e não em um púlpito em praça pública. Hehehe!

Um amigo de longas datas veio me pedir um conselho esta semana e eu fiquei pensando por um bom tempo antes de responder. Acho que ele veio mais desabafar do que pedir conselho, pois sabe que geralmente não julgo os atos alheios... Mas dessa vez quis opinar porque ele estava realmente desesperado, sem saber o que fazer.
Achei legal ele ter cogitado em agir como a maioria dos homens e por isso eu não quis jogar logo uma opinião clichê e dizer que se ele fosse em frente, seria mais um cabra safado no mundo.

Vamos à situação para que vocês entendam, pensem e me digam o que acham. O amigo, ator principal da situação desta semana, tem uma namorada... Há alguns anos, acho que uns três, tem um relacionamento com a tal menina. Segundo relato, eles se amam, um completa o outro em QUASE tudo, da parte dele, nunca houve traição, nem uma vontadezinha passou pela cabeça dele.

Relacionamento perfeito, não? Não. “Por que?”, perguntam-me as leitoras, super curiosas. Bom, digamos que ele é um homem que não gosta muito de limites no que se refere a sexo. Ela, por outro lado, não faz, nem sequer experimenta NADA que não seja o velho “feijão com arroz”.

Não sei se me fiz entender, mas quando digo que é o básico, é beijo na boca, carinho e chegam aos “finalmentes”. Oral? Jamais. Nem ele, nem ela. Anal, então, nunca no Brasil.

Cada um tem sua personalidade na cama, seu jeito e seus gostos, mas o problema é que ele está se vendo extremamente frustrado, já tentou de todas as maneiras... Pediu, conversou, tentou estimular, com bebida, sem bebida, enfim, todos os argumentos foram utilizados.

Se fosse com vocês, o que fariam? Acham que isso seria um motivo para se terminar um relacionamento? Eu cheguei a dizer isso pra ele. “Se o problema agora é tolerável, quando vocês casarem, como será? Toda vez que vocês forem partir para o assunto, na teoria ou na prática, ambos se sentirão frustrados. Ela, por saber que o bê-a-bá não o satisfaz e você, pelo mesmo motivo que agora, só que muito mais evidenciado”.
Não está nos planos dele terminar, disse que a ama e não se vê com outra mulher. A solução desesperada, porém, na sua visão, a única saída, foi ter uma relação sexual, pelo menos uma vez, para que essa fixação saísse da sua cabeça e ele pudesse aguentar mais um bom tempo sem ter que pressionar a sua namorada.

Visto de maneira superficial, é como eu disse no começo do texto... Ele a trairia, como tantos e tantos homens fazem, ao invés de tentarem uma conversa com sua parceira para que as coisas fiquem legais e ele não “precise” ter interesse em mulheres de fora. Mas se ele já tentou de TUDO, a ama, ela diz que o ama, mas que não gosta e não se sente à vontade DE FORMA ALGUMA, o que fazer?

Sinceramente, não acho que ele esteja pensando em trair por pura sacanagem, por maldade e que está se equiparando, por isso, aos outros homens. Sabe-se que o sexo é parte fundamental em um relacionamento e que a quantidade de casais frustrados que não tentam resolver de maneira civilizada esta situação, partindo os homens para a traição desgovernada e as mulheres, a maioria, para a aceitação de uma vida de sexo morno e obrigatório é imensa.

Ah, esqueci de mencionar algo que ela o falou e que pode fazer toda a diferença no veredicto final do público leitor. Em uma de suas conversas sobre este PROBLEMA, ela disse que sexo anal era algo totalmente fora de cogitação e, se pra ele era algo tão importante, se ele fizesse com “outra” mulher na “rua”, ela entenderia. Creio que ela não gostará de saber do fato em si, mas ela, a partir de então, sabe da possibilidade de ser “traída”. Sim, entre aspas, porque pra mim traição é algo que se faz quando o parceiro não SABE ou não ESPERA tal atitude. Nesse caso, ela está ciente e entenderá, caso ele “pule a cerca”.

Em suma, se essa “escapulida” acontecer, “salvará” um relacionamento. Não estou dizendo que seria o meu posicionamento diante de uma situação assim ou que se eu fosse a namorada, aceitaria isso. Acredito que eu mesma terminaria para que ele ficasse “livre” para ter o sexo ideal com quem quisesse, CASO realmente testar outras coisas fosse algo insuportável pra mim.

Mas, se nenhum dos dois tem em mente um fim, por que não fazer algo que venha a ser a solução para que continuem juntos? Não é uma certeza, mas uma tentativa. Ambos correm o risco de se perderem da mesma maneira, pois a partir do momento em que ele se “abre” pra outras possibilidades lá fora, não há tanta garantia de que não se apegue.
Bom, podem comentar, sugerir, etc. Este espaço é de vocês. Caso alguém tenha passado por algo parecido e quiser dar seu relato, será muito bem vindo.


Beijos e hasta la vista!


quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Hoje eu tive medo




Uma menina que era apaixonada pelo meu irmão, aliás, receio que ainda seja, gostou dele durante a faculdade inteira, devem ter se formado há uns quatro anos e ainda fala dele vez ou outra comigo, acaba de me dizer que está grávida e de que irá casar. (Bom, minha cara, caso eu esteja enganada sobre seus sentimentos, me perdoe, mas meu achismo foi legal para a criação deste texto).

É, dei parabéns e tudo mais, mas talvez tenha me enxergado na situação dela e tenha sentido um medo de que minha vida fosse levada, da mesma maneira que a dela foi. Acabou desistindo do meu irmão, depois de tantos anos ficando e vendo que não dava certo... Percebeu que eles nunca namorariam, tanto que ele acabou voltando a ficar e namorar com uma antiga paixão...

Enfim, ela cansou de esperar por aquele amor, agora platônico, e resolveu dar uma chance a um carinha novo... Passaram anos juntos. Mas sempre notei que era aquela coisa morna, que se ela ainda pudesse escolher entre ele e meu irmão, o atual não estaria na frente.

A vida foi seguindo o fluxo... Ela deve ter se acomodado. Eis que engravidou e agora vai casar. Ela disse que tinha planos de casar, mas não agora. Já que engravidou, adiantaram os planos.

Que medo... Tenho medo de duas coisas. Uma é de não esquecer um amor. O outro é de que me acomode e aceite o amor morno de alguém. Juro como isso é uma coisa que me angustia mais do que qualquer outra. Sinto um nó na garganta de pensar que minha vida pode ser LEVADA, pode ser um puro comodismo...

Aí, sim. Caso isso venha a acontecer, me tornarei a adulta que eu disse que jamais seria. Não mantive tantas coisas dos pensamentos adolescentes, apenas consegui não me afastar dos amigos por causa da vida agitada (isso me deixa mais que feliz). O resto, nem lembro tanto o que eu pregava... Acho que também não deixei que o trabalho se tornasse a coisa mais importante da minha vida, acima de tudo e todos. Tudo bem que isso está sendo um motivo de desespero momentâneo na minha vida, mas, como toda sagitariana, eu conto com a sorte e com meu talento... Seja lá pro que for, mas tenho certeza de que algo ainda dará certo.

Mas quando penso em uma casa, família, filhos, marido e um casal de rottweilers, eu suo frio. Uns três amores passaram por mim levando tudo, ou deixando tudo. Talvez quatro, um ainda está em estudo. O primeiro, mais inocente, eu era criança... Os outros foram intensos, uns deles, clandestinos, pra não dizer errados. Amor é amor, não pode ser errado.

Paixões e frios na barriga, inúmeros. Mas aqueles em que eu pensei que poderiam ser meus maridos... Esses eu realmente senti. Eu nunca penso em casar, acho que QUANDO penso, deve ser coisa séria, né? É, mas eles não me levaram a sério. Ou levaram, mas foram sensatos. Não sei se em amor cabe sensatez.

Se eu fosse sensata não teria me envolvido com quase ninguém. Ou seja, não teria vivido. Hoje me considero uma mulher (na verdade, acho que ainda sou adolescente, só se vira adulta quando se tem carro... depois, casa) experiente, madura pra certas situações que muitas meninas da minha idade passam e não sabem como lidar... e feliz. Feliz porque PUDE ser feliz, porque sei o que é se sentir importante na vida de alguém, mesmo que por um ano, mesmo que por um mês.

Sei o que é ter e ser alguém de verdade. Como posso aceitar viver algo MEIO legal, QUASE bom, QUASE confortável? Mas eu vejo tantas pessoas tendo vidas de mentirinha, será que sou eu a estranha e a audaciosa de querer ter uma vida leve e feliz? Sei que parece ridículo, mas sabe casal de filme de comédia romântica? Com suas brigas, risadas e até sexo cômico? Pronto, é isso que eu quero.

Queria que esse texto virasse quase que um juramento meu: NÃO PERMITIREI QUE MINHA VIDA SEJA DE MENTIRINHA, UMA FACHADA. Nunca um filho me prenderá a um casamento, como vi um dos amores da minha vida me deixar por este motivo, NUNCA ficarei com alguém por pena, prefiro dizer uma verdade que magoe, mas serei leal e livre.

Queria que todos fossem assim, menos tristeza e hipocrisia fariam bem ao mundo.

Chegaremos lá, mas vou fazendo a minha parte.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

O amor da minha amiga





Bom, vai aqui algo diferente desta vez.

Fiz um textinho em homenagem ao amor da minha amiga. Espero que gostem.



Foi rápido, real e intenso. Feliz e regado a músicas tristes, que os dois, em um primeiro encontro marcado, descobriram que o outro também gostava.
Descobriram que gostos peculiares, daqueles que poucas pessoas tem, eram o deles, que o beijo, o sexo, também eram iguais. O apreço pelo cheiro, mas cheiro de pele, também fazia parte dos pontos em comum.

Diferente dos meus amores, o amor da minha amiga é mesmo o número dela. O esforço vai ser dobrado pra esquecer os três dias em que se viram. O primeiro, quando ela tirou uma foto dele tocando pandeiro, no meio de um sambinha de roda, no meio do Rio de Janeiro. Mas que cena propícia para o não esquecimento. Boemia pura. Eu amo a boemia, ela também, o amor da minha amiga, idem. E o pior, a fotografia os uniu. Ele também é fotógrafo.

Ironia do destino.

Um segundo encontro, com direito a passeio de moto com medo, mas vento e liberdade, a beijo igual ao dela (só nós sabemos a maré de beijos sem graça que andam nos cercando), a um cheirinho bom, a carinhos, a sexo, a novela na cama juntinhos...
Ela acordou, esperou que ele fosse tomar banho, deixou um bilhetinho (não sei se foi azul com seus garranchos) dizendo que havia adorado a noite e um adeus. Ela me disse isso e eu já estava prevendo as horas seguintes. Ela continuava fazendo daquela história um caso de filme antigo no cinema.

Sendo a única na plateia, pedi que ela mudasse esse final. Ela havia ido ao Rio de Janeiro somente para pegar o resto de suas coisas, pois voltou a morar em Olinda, acabou deixando mais coisas do que havia levado na primeira vez: o seu amor.
O amor da minha amiga com certeza ficou triste. Por que ela fez isso? Esqueci de um detalhe que toda historinha de amor tem que ter... Ele tem uma namorada. É só o que sabemos. Esse mínimo detalhe fez com que ela quisesse sair do apartamento dele sem ter que se despedir, sem ter que sentir o gosto de um adeus. Queria apenas guardar aqueles bons momentos, ignorando as fotos e sapatos (da menina feliz que namora com ele) espalhados pela casa.

Mas mesmo assim, eu sei que ele ficou triste. Ela desligou o celular, quis sumir no ultimo dia que lhe restava no Rio. Pedi que ela ligasse o celular. Não se faz isso com um amor, mesmo que ele seja o amor de outra.
Ele mandou um e-mail como eu previ, triste. Ela voltou atrás e respondeu, disse a verdade, com medo de parecer dramática. Mas eu disse: envia. E pensei: o tempo não tem a ver com vocês, a intensidade, sim. Vocês compartilharam da mesma vontade, desejo e saudade. Ela mandou.

Chega o dia da volta pra casa. Ela vai pro aeroporto, ele havia dito que iria pra se despedir, mas ligou dizendo que não estaria lá... Mas, poxa. É um filme, só eu estou assistindo, mas não merecia um final assim.

Na hora do embarque, ele chega. Abraços, cheiros e saudade.

Acabou, ela volta pra casa e me conta esse final. Eu fico triste também, quase que com uma revolta, a mesma que ela está sentindo agora, esperando eu terminar esse texto, por ser mais uma história linda e que acabou na hora errada.
Talvez não seja MAIS UMA pra ela, nem pra ele, mas pode ter sido A história. E agora? É, a gente é assim, ora acreditamos que podemos tudo, viver grandes amores, mudar até de país pra ficar perto de alguém... Ora percebemos que a realidade não é tão cordial como nas historinhas de comédias românticas.

Queria uma mensagem positiva, como sempre tentamos fazer quando uma de nós passa por algo do tipo, mas deixa assim. Como sabemos, é preciso sentir, independente do que seja, tristeza ou alegria. Respeitemos as lágrimas e as risadas, como Caetano faz.